sábado, 9 de maio de 2009

O Vermelho

então se deu a cor
vermelho
de sangue, de terra, de bandeira
do pincel mais barato
da faca mais pontiaguda
do urro, do berro mais exaltado

o vermelho foi entrando
nas vidas, nas lógicas.
cansaram-se dele
e não foram os pincéis
mas foram as telas

não queria mais o pincel,
nem por um instante,
saber do vermelho
nem de longe
nem de perto

o vermelho mudou.
nem melhor nem pior,
apenas mudou.
não são mais os mesmo tons
nem as mesmas telas
que mandam no vermelho

aquele pincel
velho pincel
também mudou.
Mudou de gente
mudou de mão
mudou de mãe.

O que será do vermelho?
O que será do pincel?
será um começo?
ou a decoração?
ou de coração...

Afinal, o que vale mais:
o vermelho, o pincel?
ressurgem os dois
ainda tarde
antes que nunca!

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